sexta-feira, 8 de maio de 2009

A VIDA, A MORTE, A TRANSFORMAÇÃO

Há mais de sete séculos, o poeta e místico Sufi Rumi escreveu algumas linhas de uma beleza espantosa, fazendo-nos recordar de um outro tempo e de um outro espaço diferente daquele em que nos situamos, no curre-curre da nossa vida moderna:

É tempo de falarmos de rosas e de romãs,
E do oceano onde as pérolas são feitas de
Linguagem e de visão,
E das invisíveis ladeiras
Diferentes de pessoa para pessoa,
Que conduzem àquele ponto infinito
Onde as árvores murmuram entre si…



Poema que remete para a importância da experiência mística… Utiliza uma imagética alheia à nossa cultura actual. Faz acordar uma memória oculta no mais profundo de nós.
Mas, o que será realmente relevante nas nossas vidas de hoje? [além de lermos, trabalharmos, desocultarmos poesia!?]
A poesia de Rumi desoculta-nos um outro mundo, pleno de beleza, de significado, de maravilha e mistério.
É tempo da sensibilidade e do afecto substituírem a arrogância e a boçalidade. O estado amoroso seja o natural do ser humano e não o estado de conflito e do ódio.
Rumi dá-nos pistas de vivências de outras dimensões, mesmo ao nosso alcance. Assim possamos abrir os olhos e estender a mão partilhando a dádiva da rosa e da romã…
Paz a todos os Seres!

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