Extensão imensurável
de raízes em solos longínquos
usos
costumes
sangues cruzados…
sonhos que ficaram perdidos nas pedras
a circundar o Globo das nossas vidas
estranhos?!
estranhos porquê?
talvez o sejamos na distância lusa
dos nossos palmeirais exóticos
panos garridos
gargalhar sensual e provocador
talvez o sejamos até no linguajar materno
que no berço ouvimos
mas se hoje procuramos a essência
de um passado comum
é porque aquele acento no coração de todos nós
é a ave migratória dos nossos mares entrelaçados
Poema de Olinda Beja, in “Água Crioula”, Pé de Página Editores, Coimbra, 2007.
Poeta natural de Guadalupe, São Tomé e Príncipe.
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