terça-feira, 21 de abril de 2009

CRIAÇÃO E LIBERDADE

O dia de amanhã é outro dia!
É o desconhecido que nos bate à porta.
É a procura, é o querer viver, que nos leva até lá.
Sem expectativas. Estarmos pura e simplesmente receptivos àquilo que irá acontecer.
É aliciante a Viagem.
É urgente a Criação do Novo.
É quando estamos a criar que nos encontramos, nós próprios, quando o conflito é inexistente, é quando estamos a viver a Vida, aqui e agora, e a partilhá-la com o Outro.
E a Criação está necessariamente ligada com a Liberdade.
Uma sem a outra é mentira!
Quando nos encontramos a nós mesmos, sem subterfúgios, sem defesas, a capacidade de Criação acontece à nossa volta e em nós, e o canal de comunicação e de comunhão com o Todo é a Liberdade!
O ser Livre é um ser Criador por excelência, e a Grande Obra tem que ver com a Paz interior, com a ausência de conflito, com a Alegria de Viver e com a Partilha do que é nosso não o sendo.
Olhar o dia de amanhã sem condicionamentos é a Libertação do Passado, é construir o Presente em cada minuto, em cada segundo que passa. É o desconhecido e é o Mistério… Contudo, parece ser a resposta autêntica e única para compreendermos a construção do Ser Total.
Tudo o que é de ordem material – e tudo o que conhecemos é material – é susceptível de transformação radical, é efémero, é mortal. A Morte está sempre presente, excepto onde existe autêntica Criação, pois esta pertence à ordem superior dos Arquétipos sem forma.
A Inteligência e a Sensibilidade estarão tanto mais vivas e livres quanto menos estiverem enclausuradas, reprimidas, enquadradas num casulo construído de matéria, de passado, de conflito estreitador das mentes e condicionador dos Corações.
A Arte, a Criação, não são dogmáticas, deixam sim, antes, adivinhar...
A opção profunda é a Alegria de Viver, sem medo... A opção autêntica é a procura da Liberdade – capacitadora da Criação...
Eis um desafio!
A Busca da Verdade Una é outro desafio que permitirá ao homem estudar-se e compreender-se a si próprio (enquanto um microcosmos) e estudar e compreender a Natureza (o macrocosmos), em todas as suas dimensões, estados e realidades. Tudo isto, afinal, para que o Auto-conhecimento seja conseguido e vivido, porque, como já o sublinhava o grande filósofo Sócrates, na Antiga Grécia, citando fonte muito mais arcaica – o Oráculo de Delfos – da Sabedoria Antiga:
“Homem, conhece-te a ti próprio... e conhecendo-te, conhecerás o Universo e os próprios Deuses.”


Rui Arimateia / "Textos Teosóficos I"
Évora / Ramo Boa-Vontade da Sociedade Teosófica de Portugal

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