sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A PLENITUDE DO TEMPO

Num trono de ferro enferrujado,
Além da mais remota estrela do espaço,
Eu vi Satã sentado, sozinho,
Velho e corcovado era o seu rosto;
Porque o seu trabalho fora feito, e ele
Descansava na eternidade.

E até ele, do Sol
Vieram seu Pai e amigo,
Dizendo, – Agora que a obra está feita,
O antagonismo terminou –
E guiou Satã para o
Paraíso que Ele conhecia.

Gabriel, sem carranca;
Uriel, sem lança;
Rafael desceu cantando,
Dando Boas-vindas ao seu antigo par:
E sentaram ao lado dele
Aquele que havia sido crucificado.”

James Stephens, “The Fulness of Time” –
Collected Poems, MacMillan and Co, Ltd., London, 1931

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