domingo, 20 de dezembro de 2009

NATAIS

Natal I

Olho as colheitas alegres cantadas
Nos fogos do solstício de S. João Baptista E sinto ceifas tristes choradas Até ao equinócio húmido das sementeiras.
Passaram.

Ficaram já não as lágrimas de dor indignadas Mas só os sorrisos libertos da esperança.
Ficaram flores plantadas nos horizontes abertos Com água cristalina já sem sal regadas.
Ficaram frutos
E ficaram palavras e sementes perpetuadas Pelo arado da Vida em sulco a germinar.
Ao desabrochar, nascendo, é absoluto o renascer e puro, Neste solstício do princípio do Verbo de S. João Evangelista, Em novo ciclo, em cadeia, do passado para o futuro, Em degrau superior, de grau em grau, Com outra visão, menos escuridão, Mais Luz, Mais Irmão!

J. Rodrigues Dias (2009-12-11)

Natal II

Olho a Luz no Oriente, expectante,
Onde aparece a Luz de Menino nascido,
Renascido pela Força da Estrela Flamejante!
Olho nela a Sabedoria dos que já partiram Na Beleza dos sorrisos que deixaram.
Olho e volto a olhar o Belo
E fico em Paz,
A olhar dentro de mim o teu infinito sorrir, A sentir a Cadeia de União contigo, Irmão!

J. Rodrigues Dias (2009-12-11)

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