Já não há frade, nem freira,
Nem órgão, nem organista,
Nem Santo mais festejado
Que o nosso S. João Baptista.
S. João vai pela proa,
Nosso Senhor por general…
Arriaram as bandeiras:
Viva o Rei de Portugal!
Se fordes ao S. João
Trazei-me um S. Joãozinho:
Se não puderdes co’um grande,
Trazei-me um mais pequenino.
Abaixai-vos carvalheiras,
Com a rama para o chão:
Deixai passar os romeiros,
Que vão para o S. João.
Donde vindes, S. João?
Pela calma, sem chapéu?
- Venho de ver as fogueiras
Que me fizeram no Céu.
Donde vindes, S. João,
Que vindes tão molhadinho?
Venho de ver as fogueiras,
E regar o rosmaninho.
S. João, S. Joãozinho,
Donde vens tão molhadinho?
Venho da ribeira amada
De regar o cebolinho.
Donde vindes, S. João
Pela calma, sem chapéu?
- Venho de apagar as velas
Que se acenderam no Céu…
S. João foi-se deitar
À sombra da laranjeira;
Caiu-lhe a flor por cima:
S. João que também cheira!
S. João adormeceu,
De cansado, no caminho,
E ficou fazendo guarda,
A seus pés, o cordeirinho.
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