Meu abraço aos portugueses
Desta cidade
princesa
Évora, um
reduto histórico
Dotada por
natureza
Aonde guarda
e preserva
A Cultura
Portuguesa
Aqui agente
admira
As suas
belezas mil
Terra dum
clima saudável
E de umpovo
gentil
Que valoriza
os poetas
Filhos natos
do Brasil
Portugueses,
Brasileiros,
Unidos
apertam as mãos
Como amigos
patriotas
E fervorosos
cristãos
Numa amizade
mútua
De dois
países irmãos
Aqui não se
vê mendigo
Nem criança
abandonada
Se vê na
face do povo
Felicidade
estampada
Aqui nem uma
pessoa
Diz que já
foi assaltada
Évora cidade
climática
Com pureza e
primasia
No verão seu
clima seco
Aquesse
durante o dia
A noite uma
brisa mansa
Leva o calor
e esfria
Tem jardins
e monumentos
Comigrejas e
mosteiros
Conventos e
faculdades
Que nos
ensinos ordeiros
Dão orgulho
aos portugueses
E delírio
aos brasileiros
Tem dentro
do jardim Público
Um ês
Palácio Real
Suntuoso
monumento
De estrutura
coloçal
A Casa Dom
Manuel
Grande Rei
de Portugal
Um magestoso
Corêto
Bem no
centro do jardim
Com todos
traços Reais
Como quem
nos diz assim
Eu sou uma
obra eterna
Que nunca
mais terei fim
Todos
canteiros floridos
Com cravos,
jasmins e rosas
Exalando
seus perfumes
Essências
deliciosas
Assim
perfumando as môças
Elegantes e
formosas
Seu povo é
muito católico
Amigo e
hospitaleiro
É no mundo
cultural
Preservador
e herdeiro
Amante das
boas obras
E irmão do
brasileiro
Láfomos bem
recebidos
E
recepcionados
Num hotel
granfino e calmo
Ficamos lá
hospedados
Com todas as
regalias
E excelentes
cuidados
Onde as
môças nos trataram
Como
bondosas irmães
E se tornaram
de nós
Admiradoras
fans
Alegrementes
serviam
Nosso café
das manhães
E todos
funcionários
Da Câmara
Municipal
Nos
atenderam felizes
Com atenção
cordial
Sempre
dizendo, bem vindo
Ao nosso
Portugal
Também os
chefes da Câmara
Unidos na
mesma idéia
Fizeram em
nosso favor
Reunião de
Assembléia
Os senhores
Paulo Lima
E Rui
Arimatéia
Paulo e Rui
Arimatéia
Usaram
antecipação
Providênciando
logo
Nossa
remuneração
Nos pagando
antes mesmo
Da nossa
representação
Para à
Cidade de Beja
Também fomos
convidados
Onde catamos
repentes
Entre
artistas animados
Lá fomos por
todos eles
Aplaudidos e
abraçados
Durante toda
a viagem
Entre campos
de oliveiras
Fazendas e
mil pomares
De vinhas e
cerejeiras
Encantados
nos lembramos
Nossas
frutas brasileiras
Um ônibus trouxe
de volta
Nós e
artistas cubanos
Falando das
nossas músicas
Nossos shows
e nossos planos
E
instrumentos diversos
Espanhóis e
Italianos
Teve
artistas portugueses
Repentistas
de primeira
Que cantaram
seus repentes
Do seu
estilo e maneira
Mostrando a
sua cultura
Lá da Ilha
da Madeira
Artistas do
Alentejo
Mostraram a
sua cultura
Onde tocaram
e dançaram
Comarte
nativa e pura
Gente que
conserva a música
E cultiva
agrícultura
Nós fomos
considerados
Lá por todos
portugueses
Como
estrelas brasileiras
Entre espanhóis
e franceses
E com
futuros convites
Pra irmos lá
outras vêzes
Pois em todo
conteudo
Da nossa
apresentação
Foi feito um
evento histórico
De passado e
tradição
Dos
intelectuais
Que
enobreceram a nação
Guerreiros,
religiosos,
E poderososn
Reais
Que deixaram
grandes nomes
E se
tornaram imortais
De muitos
séculos passados
Dos tempos
medievais
De Pedro
Alvares Cabral
E suas
proesas mil
Atravessando
o Atlântico
E em vinte e
um de abril
Do ano mil e
quinhentos
Aportou no
meu Brasil
Os índios preseciaram
A vinda dos
portugueses
Mas no
Brasil já se achavam
Exploradores
franceses
Que se
debatiam em lutas
Com índios e
holandeses
Esses tais
exploradores
Levavam
muito sutil
Ouro e
pedras preciosas
De grandes
valores mil
E madeira
cor da brasa
Que deu o
nome ao Brasil
Estes e
outros passados
Muitos antes
de Cabral
Itália,
França, Alemanha
E toda
Europa em geral
Descrita por
grandes vultos
De Espanha e
Portugal
Nós os vates
repentistas
Voltamos
regosijados
Pelo o trato
que tivemos
E carinhosos
agrados
Dos bons
irmãos lusitanos
Alegres e
educados
Trouxemos de
Portugal
Uma
excelente impressão
De um povo
generoso
E de um bom
coração
Com todos os
requisitos
Duma
civilização
Um país
organizado
De paz e
tranquilidade
Ordem,
respeito e justiça
Sem violência
e maldade
Trazendo á
sua nação
Progresso e
prosperidade
Portugal
abençoado
Pelo clima e
a beleza
Ruas, praças
e jardins
Tem muito
zelo e limpeza
Mostrando ao
mundo que tem
Civilidade e
riqueza
Aonde nós
recebemos
Zelo cuidado
e carinho
União entre
os artistas
Leais em
todo caminho
Assim foi em
Portugal
O país meu
avosinho
Fim
Autor: José
João dos Santos (Mestre Azulão)
05/06/2001
Programa Cultural do Colóquio Interdisciplinar CULTURAS POPULARES EM PORTUGAL SÉCULOS XIX E XX
ÉVORA, Palácio D. Manuel, 24 de Maio de 2001
Endereço do
Mestre Azulão
Rua Celina
Lima n.º 11 – Engenheiro Pedreira – Japeri – RJ
Estado do
Rio de Janeiro. CEP. 26.381-000
Telefone:
(03121) 2664-2159
Esta
literatura de cordel foi patrocinada pelo o Sr. Prefeito de Japeri, Doutor
Carlos Moraes Costa, numa homenagem a cultura nordestina.
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